nunca foi colocada na sua verdadeira
dimensão, alienante e única.
O que os espanta, hoje, é tratar-se de um
facto desligado
de tudo o que haveria de acontecer daí
para frente,
sem qualquer continuidade.
O êxtase concentrou-se no barco a embalar
o adeus,
e não apenas na chuva a rolar na face,
numa comunhão de água que é um fim em si
mesmo,
uma espécie de alegria trágica
para manter o coração à superfície das
mãos
ávidas da outra pele,
como se o mundo ali ficasse eternamente
imóvel e molhado.